O governo deverá usar sua rede de fibras óticas para regular o mercado. A medida fará parte do plano nacional de banda larga que será divulgado para debate na próxima terça. Ontem, a presença estatal no setor foi defendida por Cesar Alvarez, assessor especial do presidente Lula e coordenador dos programas de inclusão digital do governo federal.

"Não é possível que ainda se mantenha uma visão anacrônica e, eu diria, ideologicamente preconceituosa, de que o governo não possa fazer uso de seus ativos em fibras óticas para a produção de políticas públicas", disse Alvarez, em seminário realizado no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). "A rede da Eletronet será usada para isso, e não para destruir mercados", afirmou.

O Ministério das Comunicações é contrário à ideia do uso da rede estatal. Defende que se faça uma associação com empresas privadas para que elas participem do plano para massificar o acesso à banda larga.