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08 de Outubro de 2018

Curso de Grafotécnica e Falsidade Documental reúne mais de 100 pessoas na capital paulista

Ministrado pela perita judicial Mara Cristina Tramujas Calabrez Ramos, curso abordou técnicas de reconhecimento de falsidade documental e assinaturas

O Curso de Grafotécnica e Falsidade Documental, realizado pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) e ministrado pela perita judicial Mara Cristina Tramujas Calabrez Ramos, reuniu 106 pessoas na tarde do último sábado (06.10) em São Paulo, capital. Clique aqui e veja as fotos do Curso

A professora e perita com mais de 10 anos de experiência iniciou o curso, realizado Hotel Braston São Paulo, apresentando a definição teórica de documentoscopia e grafoscopia.

“A documentoscopia é uma ciência de aplicação prática e metódica balizada por metodologia científica. Já a grafoscopia identifica e reconhece a autoria gráfica, utilizando os recursos técnicos da grafotecnia ou a grafotécnica”. Ramos também ressaltou a necessidade de atualização e prática constante dessas técnicas para os funcionários de cartórios. "Os falsários estão sempre aprimorando suas técnicas criminosas e, a cada dia, apresentam falsificações mais difíceis de serem identificadas. Por isso, é imprescindível estar sempre atento, mesmo que o usuário seja velho conhecido do cartório", ressalta.

Durante a apresentação, a perita apresentou diversas técnicas de comparação de assinaturas e detalhes de documentos que são importantes no reconhecimento de falsificações.

"Mais importante do que analisar uma assinatura ou documento com cuidado é saber o que analisar. A simples comparação não traz certeza de veracidade. No caso de assinaturas, é preciso analisar a dinâmica de lançamento, os momentos caligráficos, os ataques e arremates e a inclinação axial. É muito difícil um falsário conseguir reproduzir todos esses detalhes, pois a forma que escrevemos nos acompanha por toda a vida", comentou ainda a especialista, que é perita em Grafotecnia e Documentoscopia pelo Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil (CONPEJ).

No caso de documentos, a palestrante destacou que é preciso usar desde o tato, réguas até luzes especiais para reconhecer um documento verdadeiro. "Não é fácil ter certeza, mas se um documento levantar dúvidas peça outro, não aceite qualquer identificação", pontuou.

O curso ainda contou com uma parte prática, em que os alunos analisaram assinaturas, tentativas de falsificação e tiveram contato com instrumentos importantes para essa análise, como lupas e luzes especiais.

Ramos encerrou o curso ressaltando a importância de seguir o Procedimento Operacional Padrão (POP). "Faça sempre o mesmo procedimento na verificação de qualquer documento ou assinatura. Nunca pule nenhuma etapa. É esse procedimento que vai garantir que todos os atendimentos sejam feitos com excelência, com o mínimo de falhas", finalizou.

Opinião

"Esse curso foi muito importante porque antes apenas uma pessoa dominava essas técnicas e todas as dúvidas precisavam passar por ela. Agora, falo por mim e meus colegas aqui presentes, todos estamos habilitados para reconhecer falsificações e podemos prestar um trabalho com maior qualidade e agilidade", Kátia Medeiros, Registro Civil de Pessoas Naturais e Tabelião de Notas do Distrito de Itaquera.

"O curso foi bastante enriquecedor e dinâmico. Aqui adquiri conhecimento e técnicas que não dominava. Tenho certeza que a partir de agora exercerei minha função com mais segurança", Idemar Coelho, 1º Cartório do subdistrito de Guarulhos.

"Recebemos muitos documentos de agentes de registro que trabalhamos e por isso precisamos dominar essas técnicas para que possamos oferecer maior segurança em nosso trabalho", Eduarda Pignatari Zanardi, Autoridade Certificadora Brasileira de Registro (ACBR).
 

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