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02 de Dezembro de 2019

Arpen/SP realiza curso de Grafotécnica, Documentoscopia e Falsidade Documental em Bauru

No sábado (30.11), a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) promoveu a última edição do curso de Grafotécnica, Documentoscopia e Falsidade Documental de 2019, em Bauru. O evento, que reuniu 24 pessoas, foi palestrado pela perita judicial Mara Cristina Tramujas Calabrez Ramos, no Ibis Styles Hotel.

Antes do início da aula, o diretor da regional de Bauru da Arpen/SP, Alexandre Mateus de Oliveira, ressaltou a importância de se atualizar em relação aos novos tipos de fraudes que surgem no País. “É importante, pelo menos, a cada dois anos fazer esse curso para se reciclar. Temos que estar sempre com a equipe atualizada em relação a novas tentativas de falsificação”, afirmou.



Em seguida, a professora com mais de 10 anos de experiência na área iniciou a palestra comentando a importância de os cartórios terem um Procedimento Operacional Padrão (POP) para fazer a identificação de fraudes. “A nossa ideia é que você trabalhe dentro de uma metodologia e essa metodologia seja igual a dos seus colegas. Se você tem um padrão, fica muito mais fácil de reconhecer as falhas quando elas acontecem”, explicou a especialista.

De acordo com a perita, dentro da documentoscopia um dos objetivos fundamentais é determinar quando um documento é autêntico ou não, e determinar a sua autoria. Para fazer essa análise o profissional tem três itens: o próprio documento, isto é, os papéis e os elementos de segurança, o grafismo e o maquinário. “Esse tripé é que vai nos dar a qualidade do documento”, afirmou a professora.



Outro fator destacado por Mara durante o curso foi a importância de prestar atenção no comportamento dos clientes do cartório, a fim de identificar possíveis fraudadores. “A observação é essencial no seu atendimento ao cliente. Olhe nos olhos das pessoas, converse. Normalmente, fraudadores vêm ao cartório focados exatamente em assinar os documentos e não estão preparados para perguntas”, declarou.

Durante o curso, os alunos ainda tiveram a oportunidade de fazer, na prática, a comparação de assinaturas, usando instrumentos como lupas e luzes especiais. “Sem equipamento não tem como trabalhar. Não dá para apostar todas as suas fichas no olho”, afirmou a professora, em relação a importância de os oficiais disponibilizarem o maquinário correto para os funcionários.



Por fim, a especialista ressaltou as diferenças entre um documento digital, que nasceu em meio eletrônico, e o digitalizado, que tem origem em meio físico e depois foi passado para o digital. Segundo a especialista, as novas tecnologias impuseram, também, desafios novos para a identificação de fraudes. “Quando você digitaliza um documento, você pode fazer o que quiser com ele no computador”, comentou.

Opinião de quem participou

“Além de uma reciclagem, o curso reforça os elementos de segurança, dá dicas de como mudar a rotina do cartório em atendimento, focando sempre na segurança jurídica. Saio do curso 100% satisfeito”, Alfredo Fernandes, oficial Registro Civil de Ibitinga.

“O curso chama a nossa atenção para situações que podem passar batidas no dia a dia, e as consequências que podem surgir desses momentos de distração”, Jennifer Costa, escrevente do Registro Civil de Lins.

“O curso nos passa a segurança de, por meio do Procedimento Operacional Padrão, poder identificar pelo menos 80% das fraudes, como a professora ressaltou”, Francine Guicho, escrevente do Registro Civil e Notas de Espírito Santo do Turvo.

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