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11 de Maio de 2020

Clipping - Gazeta de Votorantim - Cartórios paulistas registram que 16% dos óbitos ocorridos desde o início da pandemia foram em domicílio

Um total de 16,9% dos registros de óbitos feitos pelos Cartórios de Registro Civil de São Paulo, desde a primeira morte por Covid-19, no dia 16 de março, teve como local de morte o domicílio do falecido. Os dados fazem parte do novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, lançado na quinta-feira (07), que disponibiliza as informações com base no local de falecimento atestado pelos médicos, e que está disponível no endereço COVID Registral (http://transparencia.registrocivil.org.br/registral-covid).

O Portal também mostra que, em comparação com o mesmo período de 2019 - entre 16 de março e 30 de abril - foi registrado um aumento de 16% no número de mortes em domicílio em todo o estado. Foi registrado, também, o aumento de mortes em domicílios por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), Insuficiência Respiratória, Septicemia, Causas Indeterminas e Demais Óbitos por causas naturais: somados, em 2019 foram 5.492 óbitos; em 2020 passou para 6.174, um aumento de 12,4%.

Com esta atualização, o Portal da Transparência, que até esta quinta-feira (07) contabilizava 9.228 mortes suspeitas ou confirmadas por Covid-19 em todo o País, passa a disponibilizar informações sobre o local de falecimento constante nas Declarações de Óbitos, segmentados por Hospital, Domicílio, Via Pública e Outros.

"Os registros públicos realizados pelos Cartórios são a base de uma série de informações importantes de cidadania, e disponibilizar o máximo de dados neste momento de pandemia é crucial para que os governos e os profissionais de saúde possam planejar ações para minimizar o impacto desta doença em nossa sociedade, assim como organizar o atendimento à população", destaca o vice-presidente da Arpen-Brasil e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), Luis Carlos Vendramin Júnior. "Os dados por local de falecimento, combinados com as outras informações já disponíveis no Portal, e ainda outras que virão, poderão ajudar a todos os setores envolvidos nesta crise", explica.

As novas informações sobre local de morte se juntam à possibilidade de consulta de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), Pneumonia, Septicemia, Insuficiência Respiratória e Causas Indeterminadas, possibilitando a comparação com o total de óbitos por causas naturais registrados pelos Cartórios em todo o Brasil, com recortes estaduais, municipais e por períodos determinados, sendo também possível a comparação dos dados de óbitos nos anos de 2019 e 2020.

Entre os estados, comparando-se o total de mortes em domicílio no mesmo período dos anos de 2019 e 2020, o Amazonas é aquele que registrou o maior aumento: 149%. Na sequência, está o Rio de Janeiro, com um aumento de 40,6%, seguido pelo Distrito Federal com 31,1%, Paraná, com 21,8% e Pernambuco, com 20,3%.
 

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