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19 de Julho de 2021

G1 - Cartórios da região de Piracicaba registram mais óbitos do que nascimentos em junho

Os 18 municípios tiveram 1.165 nascimentos e 1.518 óbitos durante o sexto mês do ano.
 
Os cartórios da região de Piracicaba (SP) registraram mais mortes do que nascimentos em junho de 2021. As 18 cidades da área de cobertura do G1 tiveram 1.165 nascimentos e 1.518 óbitos durante o sexto mês do ano.

Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida pelos Cartórios de Registro Civil do país e administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Além de junho, o mês de abril também teve mais óbitos do que nascimentos na região. Os cartórios registraram 1.259 nascimentos e 1.434 de morte no quarto mês do ano. Abril e junho foram os meses mais letais da pandemia na região.

No acumulado do primeiro semestre, a região teve mais nascimentos do que óbitos, mas a diferença entre os dois índices é menor do que no mesmo período de 2020.

No ano passado, nos seis primeiros meses do ano, foram 7.425 nascimentos registrados nos cartórios da região. Já em 2021, foram 7.199, uma queda de 3%.

Os óbitos apresentam uma alta significativa. Em 2020 foram 4.164 de janeiro a junho. Já em 2021, foram 6.884, um aumento de 65%.
Em sete cidades da região, morreram mais pessoas do que nasceram em 2021. Já em 2020, nenhum município apresentou esse cenário nos seis primeiros meses do ano.

Influência da pandemia

Segundo o diretor regional em Campinas da Arpen-SP, Fernando Carlos de Andrade Sartori, a pandemia da Covid-19 é a principal causa do aumento de óbitos em todo o país e, consequentemente, na região de Piracicaba.

"Não tenho dúvida nenhuma [...] Pelas declarações de óbitos que a gente recebe. E não tem porquê, não tem outro motivo para o número de óbitos ser tão diferente, ser tão grande", explicou.

"Está quase nascendo e morrendo o mesmo número de pessoas. É muito triste isso porque o número de nascidos sempre foi muito maior do que o número de falecidos", lamentou Sartori.

Segundo ele, em anos normais, antes da pandemia, os meses mais frios do ano registram normalmente mais óbitos, uma variação considerada normal. Mas, segundo Sartori, o aumento atual do primeiro semestre, que caracterizou como "exponencial", é por conta da segunda onda pandemia da Covid-19.

"O primeiro semestre realmente foi muito cruel, foi muito triste [...] Agora a gente já está experimentando uma queda de novo no número de óbitos, está diminuindo nesse mês. Vamos torcer para que essa tendência se consolide."

Apesar de ter tido uma queda de 3% no número de nascidos entre um ano e outro, o diretor explicou que não foi uma diferença relevante. O dado mais preocupante, segundo ele, é o aumento dos registros de mortes.

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