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19 de Março de 2021

Veja - Nascimento de bebês tem queda recorde na pandemia, mostram cartórios

Casais optam por não ter filhos e número de registros de nascimentos atinge menor nível da série

A pandemia não só deixou um rastro de quase 300.000 mortos entre a população brasileira, como também começa a causar impactos futuros, atingindo as taxas de natalidade. Números do Portal da Transparência do Registro Civil revelam queda de 36,9% nos nascimentos em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 125.355 nascimentos contra 198.736 em fevereiro de 2020. O número é 44,9 pontos percentuais menor que a média nacional para o mês, desde o início da série, em 2003.

“A Covid-19 afetou todos os aspectos vitais da população brasileira. No Registro Civil, já eram nítidos os impactos nos óbitos e nos casamentos, mas agora, passados nove meses desde o mês de abril, verificou-se o primeiro impacto na natalidade da população brasileira”, explica o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli. “Na pandemia, os casais optaram por adiar o sonho de terem filhos, o que certamente impactará futuramente no desenvolvimento do país”, completa.

Todos os estados registraram redução no número de nascimentos no mês de fevereiro de 2021, em relação ao ano de 2020. No topo da lista com as maiores reduções estão Roraima (63,7%), Acre (55,4%), Minas Gerais (45,3%), e Pará (43,4%). O Rio de Janeiro registrou queda de 41%, São Paulo de 30,7%, Distrito Federal de 40,4%, Rio Grande do Sul de 33,2% e Paraná de 37,1%. O levantamento, realizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), tem como base os registros de nascimento nos 7.651 cartórios do país.

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