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30 de Julho de 2015

Registro Civil Antes e Depois de Antônio Guedes Netto: Nossa eterna saudade - Palavras de Ademar Custódio

“Em verdade vos digo: Se o grão de trigo caído na terra não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto.”
(João 12, 24-26)

Morrer para produzir muito fruto é ser serviço. É ser humilde, ser fraterno e ser solidário. Assim foi e assim será lembrado o colega registrador civil ANTÔNIO GUEDES NETTO, falecido em julho de 2015. Ele, a exemplo do apóstolo Paulo, “combateu o bom combate”, porque esteve durante toda a sua vida fiel às causas as quais se propôs, agindo com retidão e honestidade.

Morrer para produzir muito fruto é ser bom amigo, bom companheiro, bom filho, bom irmão, bom pai e bom avô. Assim foi e será sempre lembrado o colega Antônio Guedes Netto.

Dos seus 74 anos, 44 foram dedicados ao exercício competente do Registro Civil das Pessoas Naturais. Nosso “mestre”, como eu brincava com ele, nos dizia sempre esta frase: “dar de si sem pensar em si”. E assim era o Guedes. Assim foi quando ajudou a fundar a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) em 1994, quando entrou em vigor a Lei da Gratuidade em 1998, quando lutou pela implantação da Lei do Fundo de Ressarcimento em 2000 e com a implantação da Intranet que começou a ser pensada em 1997, teve início em 2001 e se tornou obrigatória em todo o Estado em 2004.

Esta Intranet, pensada por Guedes, hoje se tornou a Central de Informações do Registro Civil (CRC). Pode-se medir o sucesso desta iniciativa nos mais de 7 milhões de comunicações trocadas entre os cartórios até o presente ano.

A batalha pela criação e depois implantação do Fundo do Registro Civil em São Paulo, liderada por Guedes, conseguiu unir a classe, e possibilitou investimento no aprimoramento e desenvolvimento da atividade. A dedicação às entidades de classe fez com que o então presidente da Arpen-SP fizesse uma verdadeira peregrinação pelo País, incentivando e promovendo a criação de Associações em todo o território nacional.

Guedes abnegou sua vida, sua família e sua saúde em nome de um ideal: o Registro Civil. Então nós, a exemplo da dedicação de Guedes e das palavras que sempre proferia, como no Editorial do Jornal da Arpen-SP de março de 2006: “Não hesitaremos em defender a classe”.

DESPEDIDA

Nos últimos dias 2 e 3 de julho, dia de sua morte, de seu velório e sepultamento, a família recebeu as condolências dos colegas oficiais registradores e inúmeros amigos se reuniram para velar seu corpo, que foi para o Oriente Eterno.
 
Não deixa a porta fechar sem fazer o principal, porque
a porta de passagem para o Oriente Eterno não reabrirá.

Do seu colega registrador e admirador,

Ademar Custódio
Vice-presidente da Arpen-SP

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