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Com apoio dos Registradores Civis, Mutirão Meu Pai Tem Nome garante cidadania a milhares de famílias em SP
Evento
reuniu milhares de famílias no sábado (16/8) com exames de DNA gratuitos,
orientação jurídica e participação ativa do Registro Civil
No último sábado (16/8), a
Defensoria Pública do Estado de São Paulo realizou a maior edição da história
do mutirão “Meu Pai Tem Nome”, mobilização voltada ao reconhecimento de
paternidade. A ação ocorreu simultaneamente em mais de 50 unidades da
Defensoria, distribuídas pela capital, região metropolitana, litoral e interior
do estado, oferecendo exames de DNA gratuitos, orientação jurídica,
conciliações extrajudiciais e registro imediato de paternidade, em parceria com
os Cartórios de Registro Civil.
A iniciativa, promovida pelo
Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), busca
enfrentar um dos desafios mais sensíveis da infância brasileira: a ausência da
filiação paterna em certidões de nascimento. Somente em 2024, 158.931
crianças foram registradas no Brasil sem o nome do pai, sendo 27.384 no estado
de São Paulo, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil.
Reconhecimento de direitos e
combate ao sub-registro
A Defensora Pública-Geral do
Estado de São Paulo, Luciana Jordão, destacou a relevância do mutirão
para garantir cidadania a crianças e adolescentes:
“O reconhecimento de
paternidade é um direito fundamental, que impacta diretamente na autoestima, no
pertencimento e no acesso a direitos. O mutirão é uma oportunidade para que
famílias regularizem essa situação de forma rápida, gratuita e acolhedora, promovendo
justiça e cidadania.”
Segundo Luciana, esta edição
registrou um número recorde de inscritos, com expectativa de atendimento a mais
de 3 mil pessoas em todo o estado. Ela também ressaltou o papel central do
Registro Civil no sucesso da ação:
“O Registro Civil tem
participação fundamental nesse mutirão. Aqui, em locais como o posto da Boa
Vista 150, realizamos orientação jurídica, exames de DNA e o reconhecimento de
paternidade de forma imediata, o que só é possível graças à colaboração dos registradores
civis.”
Serviços oferecidos e apoio
da sociedade civil
Durante o mutirão, foram
disponibilizados atendimentos para reconhecimento voluntário de paternidade,
realização de exames de DNA, registros socioafetivos e orientações em direito
de família. Nos casos em que não foi possível concluir os procedimentos no
mesmo dia, os participantes foram encaminhados para continuidade junto à
Defensoria.
Luciana lembrou ainda que o
serviço é permanente e não se limita ao mutirão:
“Para quem não conseguiu
participar, basta procurar o site da Defensoria e agendar um atendimento. O
exame de DNA gratuito e a orientação jurídica estão disponíveis durante todo o
ano.”
Outro destaque foi o apoio
de clubes de futebol paulistas — Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e
XV de Piracicaba — que ajudaram na divulgação da campanha, ampliando seu
alcance junto à população.
O envolvimento dos cartórios
reforça o papel do Registro Civil como garantidor de cidadania e identificação,
assegurando que cada criança tenha o direito fundamental de ver sua filiação
reconhecida. A integração entre Defensoria Pública e registradores civis
possibilitou a entrega de certidões atualizadas, consolidando o mutirão como um
modelo de atuação conjunta e eficiente no combate ao sub-registro.
Mesmo após o encerramento da
mobilização, os serviços continuam disponíveis. Mais informações e agendamento
de atendimentos podem ser feitos pelo site da Defensoria: www.defensoria.sp.def.br.
Fonte: Eduardo Carrasco, Assessoria de Comunicação da Arpen-SP