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12 de Janeiro de 2010
Mais de 24 milhões de chineses podem ficar sem mulher em 2020
O desequilíbrio de gênero entre recém-nascidos e a preferência pelos filhos homens pode levar a China a um sério problema demográfico, alertou nesta segunda-feira a Academia Chinesa de Ciência Sociais, órgão do próprio governo chinês. Em 2020, mais de 24 milhões de chineses em idade reprodutiva poderão ficar sem esposas, estima a instituição.
O principal agravante desse quadro é o aborto de bebês do sexo feminino, resultado do favoritismo chinês por meninos - tidos como uma força de trabalho mais bem remunerada pela cultura chinesa. A prática, descrita como "muito comum", ocorre principalmente nas áreas rurais e aumentou depois que os exames de ultrassom foram introduzidos no país.
As autoridades, no entanto, negam que essa disparidade exista. Segundo elas, nascem 107 meninos para cada 103 meninas. Mas números divulgados em 2005, quando a última medição oficial foi feita, apontavam o nascimento de 119 meninos para cada 100 meninas.
Outro agravante para o problema demográfico na China são as rígidas leis de planejamento familiar em vigor no país. Por lei, os casais da zona rural podem ter até dois filhos; nas áreas urbanas, apenas um - exceto na cidade e província de Xangai, onde o governo permite dois filhos por casal.
Tudo isso contribui para que seja cada vez mas escassa as chances de um chinês se casar. Segundo o pesquisador Wang Guangzhou, responsável pelo levantamento, muitos homens das regiões mais pobres do país passam a vida toda solteiros. "As chances de um homem do campo com mais de 40 anos se casar são muito poucas", afirmou Guangzhou ao jornal chinês Global Times.
Além da falta de esposas para milhões de chineses, a diferença entre os gêneros na China pode gerar ainda outros problemas graves, como a prostituição forçada. Segundo o Global Times, o sequestro e o tráfico de mulheres está "fora de controle" em regiões onde há excesso de homens. O alerta divulgado nesta segunda-feira pede que o governo relaxe as políticas de um único filho e incentive os casamento entre pessoas de diferentes partes do país.
O principal agravante desse quadro é o aborto de bebês do sexo feminino, resultado do favoritismo chinês por meninos - tidos como uma força de trabalho mais bem remunerada pela cultura chinesa. A prática, descrita como "muito comum", ocorre principalmente nas áreas rurais e aumentou depois que os exames de ultrassom foram introduzidos no país.
As autoridades, no entanto, negam que essa disparidade exista. Segundo elas, nascem 107 meninos para cada 103 meninas. Mas números divulgados em 2005, quando a última medição oficial foi feita, apontavam o nascimento de 119 meninos para cada 100 meninas.
Outro agravante para o problema demográfico na China são as rígidas leis de planejamento familiar em vigor no país. Por lei, os casais da zona rural podem ter até dois filhos; nas áreas urbanas, apenas um - exceto na cidade e província de Xangai, onde o governo permite dois filhos por casal.
Tudo isso contribui para que seja cada vez mas escassa as chances de um chinês se casar. Segundo o pesquisador Wang Guangzhou, responsável pelo levantamento, muitos homens das regiões mais pobres do país passam a vida toda solteiros. "As chances de um homem do campo com mais de 40 anos se casar são muito poucas", afirmou Guangzhou ao jornal chinês Global Times.
Além da falta de esposas para milhões de chineses, a diferença entre os gêneros na China pode gerar ainda outros problemas graves, como a prostituição forçada. Segundo o Global Times, o sequestro e o tráfico de mulheres está "fora de controle" em regiões onde há excesso de homens. O alerta divulgado nesta segunda-feira pede que o governo relaxe as políticas de um único filho e incentive os casamento entre pessoas de diferentes partes do país.