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21 de Março de 2005
Clipping - Diário de Pernambuco: "Novo sistema aperfeiçoa identificação de bebês"
Método inédito do Tavares Buril imprime plantas dos pés dos recém-nascidos
Crianças nascidas nas maternidades Barros Lima e Bandeira Filho, no Recife, Brites de Albuquerque, em Olinda e no Hospital Regional de Palmares têm menos chances de troca no berçário ou problemas posteriores de identificação em casos de seqüestro ou desaparecimento. Nestas quatro unidades públicas funciona um serviço implantado pelo Instituto Tavares Buril (ITB) que complementa as informações da Declaração do Nascido Vivo (DNV), primeiro documento de uma pessoa que serve como base para a emissão da Certidão de Nascimento. Desde o início do ano passado, todos os bebês nascidos nestes locais têm as impressões das plantas dos pés colhidas em uma ficha que será guardada nos arquivos do ITB. Mesmo anos depois, as marcas podológicas podem servir para determinar a identidade da criança já crescida. "É um sistema mais barato do que um teste de DNA", afirma a chefe do setor de Identidade Neonatal do ITB, Nilma Azevedo.
Pernambuco é pioneiro neste sistema de identificação de recém-nascidos. Foi um datiloscopista aposentado, Onildo Bernardo da Silva, quem criou as chaves de codificação que permitem a comparação das marcas colhidas nas maternidades. Como as impressões digitais, cada pessoa tem um registro diferenciado da planta do pé, que é dividida em cinco regiões. Para garantir uma melhor impressão, o ITB distribuiu kits com uma tinta especial importada e orientou as equipes dos quatro hospitais que participam da primeira etapa do programa. "As marcas ficaram mais visíveis e garantem o uso perene do material", explica a chefe do setor de Estudos e Pesquisas do ITB, Dulcinéia Penha.
Foi a partir do uso da tinta especial - à base de vegetais e que não causa problema aos bebês - e da participação das equipes que ajudam no parto que o ITB começou a montar seu banco de dados neonatal. Foi através do decreto estadual 22.149, de março de 2000, que o instituto passou a ter a competência de identificar os recém-nascidos por meio de processos papiloscópicos especiais. Em relação aos outros estados, as crianças pernambucanas são submetidas a duas coletas de marcas, a tradicional da DNV e a que é remetida para o ITB. Na Declaração de Nascido Vivo, devem constar no documento as digitais da mão direita da mãe e a palma de um dos pés do bebê. No cadastro do Tavares Buril, o registro é feito em dobro.
Um outro diferencial em relação aos demais estados é o armazenamento das informações. A lei federal que instituiu a DNV estabelece que as maternidades devem guardar a documentação por 18 anos. Já o ITB ficará com o cadastro de forma definitiva. Segundo Nilma Azevedo, somente neste ano foram feitos quatro pedidos de identificação de crianças que estavam com mulheres suspeitas de não serem as mães. "Os nomes das mães na guia da DNV eram outros". Segundo ela, a comparação das marcas podólogas nas fichas enviadas pelas maternidades também podem agilizar os processos de adoção. A chefe do setor de Identidade Neonatal do ITB diz que, em 2005, o objetivo é treinar novamente as equipes nos locais onde o sistema foi implantado e ampliar o serviço,incluindo as parteiras no processo.
Fonte: Diário de Pernambuco
Crianças nascidas nas maternidades Barros Lima e Bandeira Filho, no Recife, Brites de Albuquerque, em Olinda e no Hospital Regional de Palmares têm menos chances de troca no berçário ou problemas posteriores de identificação em casos de seqüestro ou desaparecimento. Nestas quatro unidades públicas funciona um serviço implantado pelo Instituto Tavares Buril (ITB) que complementa as informações da Declaração do Nascido Vivo (DNV), primeiro documento de uma pessoa que serve como base para a emissão da Certidão de Nascimento. Desde o início do ano passado, todos os bebês nascidos nestes locais têm as impressões das plantas dos pés colhidas em uma ficha que será guardada nos arquivos do ITB. Mesmo anos depois, as marcas podológicas podem servir para determinar a identidade da criança já crescida. "É um sistema mais barato do que um teste de DNA", afirma a chefe do setor de Identidade Neonatal do ITB, Nilma Azevedo.
Pernambuco é pioneiro neste sistema de identificação de recém-nascidos. Foi um datiloscopista aposentado, Onildo Bernardo da Silva, quem criou as chaves de codificação que permitem a comparação das marcas colhidas nas maternidades. Como as impressões digitais, cada pessoa tem um registro diferenciado da planta do pé, que é dividida em cinco regiões. Para garantir uma melhor impressão, o ITB distribuiu kits com uma tinta especial importada e orientou as equipes dos quatro hospitais que participam da primeira etapa do programa. "As marcas ficaram mais visíveis e garantem o uso perene do material", explica a chefe do setor de Estudos e Pesquisas do ITB, Dulcinéia Penha.
Foi a partir do uso da tinta especial - à base de vegetais e que não causa problema aos bebês - e da participação das equipes que ajudam no parto que o ITB começou a montar seu banco de dados neonatal. Foi através do decreto estadual 22.149, de março de 2000, que o instituto passou a ter a competência de identificar os recém-nascidos por meio de processos papiloscópicos especiais. Em relação aos outros estados, as crianças pernambucanas são submetidas a duas coletas de marcas, a tradicional da DNV e a que é remetida para o ITB. Na Declaração de Nascido Vivo, devem constar no documento as digitais da mão direita da mãe e a palma de um dos pés do bebê. No cadastro do Tavares Buril, o registro é feito em dobro.
Um outro diferencial em relação aos demais estados é o armazenamento das informações. A lei federal que instituiu a DNV estabelece que as maternidades devem guardar a documentação por 18 anos. Já o ITB ficará com o cadastro de forma definitiva. Segundo Nilma Azevedo, somente neste ano foram feitos quatro pedidos de identificação de crianças que estavam com mulheres suspeitas de não serem as mães. "Os nomes das mães na guia da DNV eram outros". Segundo ela, a comparação das marcas podólogas nas fichas enviadas pelas maternidades também podem agilizar os processos de adoção. A chefe do setor de Identidade Neonatal do ITB diz que, em 2005, o objetivo é treinar novamente as equipes nos locais onde o sistema foi implantado e ampliar o serviço,incluindo as parteiras no processo.
Fonte: Diário de Pernambuco