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15 de Dezembro de 2008

Cartório Itinerante da Arpen-SP prossegue no Projeto Sub-Registro Zero

Município de Américo de Campos, localizado a 550 km de São Paulo, recebe pela primeira vez ônibus da Arpen-SP

Dando continuidade ao Projeto Sub-Registro Zero, desenvolvido pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), o Cartório Itinerante da entidade visitou, neste sábado (13.12), o município de Américo de Campos. Presente durante todo o dia no local da ação, o Oficial do cartório de Registro Civil e Notas da cidade, Lincoln Fernandes da Silva, auxiliou nos atendimentos, tirando as eventuais dúvidas da população quanto aos atos praticados no ônibus.

A ação, que teve divulgação na rádio local da cidade, efetuou apenas um pedido de segunda via de certidão de nascimento. "Eu ouvi pelo rádio que vocês viriam. É a primeira vez que vocês vêm para cá. Vai saber quando vocês vão voltar. Eu não podia perder a oportunidade, principalmente porque é gratuito. E, mesmo que o cartório também faça, é uma oportunidade única. Como a minha certidão é de Osasco, achei que seria bem mais difícil. O melhor é que vocês enviam para a casa da gente, pelo correio. Muito obrigada", agradeceu Andréia Batista de Almeida, que prestigiou a visita do ônibus a cidade de Américo de Campos, pedindo a segunda via de sua certidão de nascimento.

Segundo o Oficial, o índice de sub-registro em Américo de Campos não coincide com a realidade. "As pessoas vão realmente ao cartório. E nós não colocamos nenhum empecilho para os que não podem pagar pela certidão. Eu nasci e fui criado aqui. Conheço todo mundo e sei que todos são registrados, mesmo porque eu trabalho neste cartório desde os meus 11 anos de idade", revela.

Ainda de acordo com o Oficial, a cidade não possui maternidade, contudo os pais registram seus filhos em Américo de Campos. "Aqui não tem maternidade, só nas cidades da região. Mas, a maioria tem os seus filhos em Votuporanga, que fica a 30 km daqui. Mas, mesmo assim, as famílias voltam e registram seus filhos aqui no cartório", explica. "Para falar a verdade, eu conheço só uma pessoa que não tem registro. É um senhor que apareceu por aqui. Eu até fui procurar o promotor para fazer o registro tardio dele, mas como ele é doente, decidiu-se que seria melhor fazer um exame psicológico antes. Eu encaminhei o caso à assistência social da cidade, mas até agora não vi resultado", completa.

Lincoln falou ainda sobre a importância da campanha e dos documentos para a população. "A campanha é importante porque os documentos são importantes e essências na vida de uma pessoa. Se consta no índice o sub-registro em alguma cidade, tem que fazer a campanha sim. Só que também é interessante que não apareça ninguém porque mostra que a cidade não tem sub-registro, como é o caso. Vocês viram, apenas uma pessoa compareceu", afirma. "Isso, porque eu me esforcei ao máximo para divulgar a campanha ao longo da semana. Hoje mesmo, pela manhã, eu passei de novo na rádio local e pedi para que eles reforçassem a divulgação durante o dia. A partir das 11 horas da manhã de hoje, a ação foi divulgada de meia em meia hora na rádio. Mas, já valeu pela visita e, pelo menos, nós tentamos. Neste ponto, a Arpen-SP está de parabéns pelo trabalho. Mostra o quanto a entidade tem se esforçado e trabalhado em prol da cidadania. É só conferir as campanhas", finaliza.

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