O cartório de Registro Civil e Notas do Distrito de Ermelino Matarazzo, instalado em junho de 1959, completa, nesta quinta-feira (25.06), 50 anos de existência. Desde 1969, a serventia é administrada pela Oficiala Maria Beatriz Lima Furlan. O primeiro ato de registro civil lavrado no cartório foi o de nascimento, em 25/06/1959. No mês seguinte, em 04/07/1959, foi feita primeira certidão de óbito. Já a de casamento foi registrada em 25/07/1959.

Em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, vivem 200 mil habitantes, 18,45% deles em favelas. Contudo, esta região distante do centro e carente já atraiu milhares de paulistanos e imigrantes em busca de emprego. A primeira corrida rumo ao leste ocorreu a partir do ano de 1941, quando foi inaugurada uma fábrica das Indústrias Matarazzo, a Celosul. No bairro existiam apenas algumas chácaras e um punhado de casas construídas para os funcionários da Celosul. Nada de luz elétrica, que chegou somente 1951, asfalto, comércio. A fábrica atraiu ainda imigrantes italianos, alemães e ingleses.

Como a região não oferecia infra-estrutura suficiente a família Matarazzo se encarregou de construir a primeira escola, um cinema e um mercado. Os funcionários contavam com os serviços do hospital construído pelo grupo na avenida Paulista. O nome do bairro é uma homenagem ao neto do Conde Francisco Matarazzo, que foi um dos diretores do grupo. No início da década de 70 Ermelino foi separado de São Miguel e ganhou administração própria. Hoje a Celosul se mantém ativa, mas sob o comando de uma cooperativa.