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ANOREG/SP entrevista presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB/SP
A Comissão
de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB/SP tornou-se, nos últimos anos,
um dos principais espaços de articulação institucional entre a advocacia e a
atividade extrajudicial.
Criada
para aproximar advogados, notários e registradores paulistas, a Comissão atua
como um centro permanente de estudos, produção técnica e diálogo com entidades
representativas do setor, como a Associação dos Notários e
Registradores do Estado de São Paulo (ANOREG/SP), contribuindo diretamente
para o aperfeiçoamento de práticas, para a construção de políticas
institucionais e para a modernização do sistema judiciário.
Para
entender como esse trabalho é desenvolvido, seus objetivos estratégicos e o
impacto da atuação conjunta no fortalecimento da segurança jurídica, a
ANOREG/SP conversou com Rachel Ximenes, presidente da Comissão desde 2019,
pós-graduada em Direito Notarial e Registral pela Escola Paulista da
Magistratura (EPM) e uma das principais referências na pauta da advocacia
extrajudicial.
ANOREG/SP
– Qual é o papel da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB/SP
e como ela se insere dentro da estrutura da entidade?
Rachel
Ximenes – A
Comissão deixou de ser apenas consultiva e se tornou um espaço estratégico
dentro da OAB/SP, responsável por produzir conteúdo técnico, formular posições
institucionais e aproximar a advocacia do extrajudicial. Atuamos como um canal
permanente de diálogo entre advogados, notários, registradores e entidades
representativas, contribuindo para a modernização do sistema de justiça e para
a melhoria dos serviços oferecidos à população.
ANOREG/SP
– Quais são os principais objetivos e linhas de atuação da Comissão hoje? Há
alguma prioridade estratégica?
Rachel
Ximenes – Nosso
foco é aproximar a advocacia do sistema notarial e registral, oferecendo
formação continuada, promovendo debates e analisando atualizações normativas.
Também temos atuado como ponte com entidades como Arpen/SP, ANOREG/SP e CNB/SP,
que hoje participam como membros consultivos da Comissão. A prioridade
estratégica é qualificar a advocacia extrajudicial — por meio de cursos,
congressos e publicações, incluindo um novo livro da Comissão previsto para
este ano.
ANOREG/SP
– A Comissão reúne advogados, notários e registradores. Qual a importância
desse diálogo entre profissionais do Direito e da atividade extrajudicial? Como
ele contribui para o avanço da segurança jurídica?
Rachel
Ximenes – Esse
diálogo é essencial para fortalecer a segurança jurídica. Quando esses
profissionais atuam integrados, conseguimos reduzir litígios, melhorar
procedimentos e oferecer mais eficiência ao cidadão. A antiga separação entre
advocacia e extrajudicial não faz mais sentido; hoje, os cartórios são
parceiros fundamentais na atuação preventiva do advogado e na pacificação
social.
ANOREG/SP
– Desde que assumiu a presidência, quais ações na Comissão você destaca como
mais relevantes?
Rachel
Ximenes – Desde
2019 ampliamos o alcance da Comissão, promovendo debates especializados e
eventos de grande porte, como o Congresso Internacional de Direito Notarial e
Registral. Também reforçamos a interlocução institucional e desenvolvemos ações
sociais durante a pandemia. Mais recentemente, realizamos o Congresso “Mulheres
do Extrajudicial – OAB/SP”, um marco que deu visibilidade ao protagonismo
feminino no setor.
ANOREG/SP
– Como a Comissão tem acompanhado as transformações tecnológicas do
extrajudicial?
Rachel
Ximenes – O
extrajudicial vive uma verdadeira revolução digital, com e-Notariado, registros
eletrônicos e atos por vídeo. A Comissão acompanha cada norma e provimento,
debate desafios como proteção de dados e identificação segura, e traduz essas
mudanças para a advocacia. A tecnologia moderniza o atendimento e amplia o
acesso à justiça, mas exige preparo constante dos profissionais.
ANOREG/SP
– Quais são as metas e planos futuros da Comissão?
Rachel
Ximenes – Queremos
aprofundar o diálogo institucional, ampliar a qualificação da advocacia e
fortalecer o extrajudicial como ambiente moderno de acesso à justiça. Entre as
metas estão expandir cursos e congressos, criar grupos de estudo, aproximar a
jovem advocacia e consolidar nosso livro institucional como referência. Também
buscamos maior presença nas subseções e participação ativa em debates
legislativos.
Fonte: Gabriel Dias para ASCOM
ANOREG/SP